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  • Foto do escritorPr. Henrique Lino da Silva

E CAINDO NA COVA



“E dizia-lhes uma parábola: Pode porventura o cego guiar o cego? Não cairão ambos na cova?” (Lucas 6:39)

          Jesus mostra através de uma parábola que uma pessoa não pode ensinar, ou guiar, tentar ensinar o caminho a outra se ela não tem pleno conhecimento dele. O que mais vemos hoje são pessoas sem o menor conhecimento de determinado assunto tentarem ensinar, aconselhar outras. Falo dos que têm a obrigação de conhecer, falo de pastores, pregadores, líderes, que têm a obrigação de conhecer a Palavra de Deus. Infelizmente, muitos são os que se fazem pastores, buscam alguém para ungi-los e dar-lhes o cargo, mas eles mesmos nem convertidos são, porque, se o fossem, buscariam primeiramente conhecer a Palavra de Deus, buscariam viver em conformidade com o Evangelho sabendo que ser pastor não é uma função qualquer, não é uma escolha, mas um chamado. Os pastores são chamados e escolhidos por Deus, são capacitados pelo Senhor, são pessoas cuja função é ensinar o Evangelho de Jesus Cristo e não outro evangelho ou outra coisa. Os que não são chamados, exatamente por isso criam muitas diversões para atrair o povo aos seus templos, são concordantes com o pecado, são guias que conduzem através de divórcio, recasamento, fornicação, mentiras, avareza, e muitos outros pecados. Sim, conduzem porque os seus seguidores caminham, correm junto com eles para a morte eterna, para o sofrimento, uma vez que, apesar da aparência religiosa, são rebeldes à Palavra de Deus. Esses que vivem emoção, que falam de um amor que não é bíblico, são guias cegos, condutores de outros cegos para o abismo. Ficamos assustados quando ouvimos pregações, orientações e conselhos de supostos líderes evangélicos que falam contra a própria Palavra, que ensinam o que Jesus condena. Cegos guiando outros cegos, porque, se os seus seguidores tivessem um pouquinho de visão, saberiam que estão errados e buscariam a verdade, buscariam viver em comunhão com Jesus Cristo. “O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre.” (Lucas 6:40). Não se pode falar que é discípulo de Jesus, que é aprendiz de Cristo, porque ser cristão é ser exatamente servo, discípulo de Jesus. Não se pode falar que é cristão se não pratica ou procura praticar os mesmos atos que Ele. Muitos se acham superiores a Jesus, pois criam preceitos diferentes, põem em prática doutrinas estranhas, que são discordantes do Evangelho de Cristo. Para podermos guiar, orientar, ensinar alguém, é necessário que estejamos sendo guiados por Cristo, é necessário que estejamos seguindo Jesus. Não podemos ultrapassar esse limite, e todos os que tentam ultrapassá-lo são cegos.

“E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.” (Lucas 6:41-42).Não podemos ter a preocupação de querer ensinar, exortar, repreender alguém, sem antes nos examinar para saber se realmente temos conhecimento pleno da questão a ser abordada. E, principalmente, se não estamos incorrendo em algum erro semelhante, ou quem sabe o mesmo. Antes de exortar, admoestar, julgar, chamar a atenção, ou trazer algum ensinamento, é necessário nos examinar para saber se realmente vamos falar o que vivemos, o que praticamos, caso contrário, seremos hipócritas, e essa é a classe que Jesus mais combateu. Temos que ser primeiramente nosso próprio julgador, temos que nos julgar primeiro, para depois então julgar o próximo, porque só podemos julgar alguém de acordo com a Palavra de Deus, e ela diz que é necessário primeiro nos julgarmos. Não é porque não estamos praticando um determinado erro que podemos condenar alguém, porque muitas vezes não estamos cometendo aquele erro, aquele pecado, mas estamos praticando outros até piores. Assim estaremos sendo guias-cegos, estaremos tentando guiar outros cegos, por tal motivo, a necessidade de viver e praticar a santidade, de viver em conformidade com o Evangelho de Jesus Cristo, porque nós temos a incumbência de julgar, inclusive iremos julgar os anjos, mas é necessário nos julgarmos primeiro, para que possamos nos libertar de todo empecilho, de tudo o que nos atrapalha de nos aproximar do Senhor. Se fizermos julgamentos injustos, com certeza também seremos submetidos a um mais rigoroso, e também se nos calarmos diante do erro, do pecado, seremos concordantes, e assim seremos condenados. “Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos.” (Lucas 6:43-44). Temos que aprender a conhecer as pessoas não pelo que elas falam, mas pela maneira como vivem, como respeitam e praticam o Evangelho de Jesus Cristo. A rainha de Sabá foi até Salomão após ouvir a sua fama, mas só depois que presenciou tudo, como ele vivia e cuidava de tudo é que ela se convenceu e se converteu. Não é por falar, mas sim pelos nossos atos, pela maneira como nos comportamos diante da Palavra de Deus. Temos que ser guias, mas não esquecer jamais que o nosso Guia é Jesus, não podemos esquecer que é sempre Ele que está à nossa frente. Somos discípulos, e Ele é o nosso Mestre. “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca. E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? Qualquer que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre a rocha. Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.” (Lucas 6:45-49).

Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.

Um abraço,

Pr. Henrique Lino

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