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  • Foto do escritorPr. Henrique Lino da Silva

A VIDA NO ALÉM



“E, chegando-se alguns dos saduceus, que dizem não haver ressurreição, perguntaram-lhe.” (Lucas 20:27)

 Os saduceus eram um grupo aristocrático politizado, inclinado a fazer acordos com líderes seculares e pagãos. Controlavam o sumo sacerdócio nessa época e detinham a maioria dos lugares no Sinédrio. Não acreditavam na ressurreição, nem na vida do além, rejeitando a tradição oral ensinada pelos fariseus. Assim como os saduceus, existem muitas religiões e seitas que não acreditam na ressurreição, nem em vida no além. Mesmo no meio cristão, existem pessoas que não creem na ressurreição e se preocupam exclusivamente em conseguir viver bem aqui e desfrutar de tudo da melhor maneira possível. Mas fazemos questão de deixar claro que o cristianismo é ressurreição, porque Jesus veio ao mundo para nos dar vida, Ele veio para abrir o caminho para que pudéssemos ter vida além desta aqui. Jesus não veio para que pudéssemos ter uma boa vida aqui, mas para que tivéssemos vida em abundância ao seu lado. E Ele foi o primogênito, ou seja, o primeiro a ressuscitar, mostrando o que acontecerá com cada um de nós. O fato é que todos nós iremos ressuscitar, a não ser, é claro, os que estiverem vivos quando o Senhor voltar, aí será uma transição sem passar pela morte, porque sabemos que, para haver ressurreição, tem que haver a morte. Jesus morreu na Cruz do Calvário, mas Deus Pai o ressuscitou, e hoje Ele vive para todo o sempre e domina sobre tudo e todos. Todos os que já morreram, e os que morreram antes de Jesus voltar, na sua volta ressuscitarão, uns para a vida em abundância e eterna, outros para a vergonha e o sofrimento eternos. O que não podemos ser é como os saduceus, que se recusavam a crer na ressurreição, e hoje temos prova inabalável da ressurreição, porque Jesus ressuscitou. “Dizendo: Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se o irmão de algum falecer, tendo mulher, e não deixar filhos, o irmão dele tome a mulher, e suscite posteridade a seu irmão.” (Lucas 20:28). Aqui os saduceus vieram até Jesus os tentar, vieram com o propósito de fazê-lo se contradizer e trouxeram à baila a lei de Moisés, mais especificamente a lei do levirato. Essa referência a essa lei era algo importante para os saduceus, porque eles davam muita importância ao Pentateuco (cinco primeiros livros da bíblia). Esses cincos livros tinham autoridade especial para eles, e ali em Deuteronômio 25:5-6 cita a lei do levirato (do latim levir,”cunhado”), que foi promulgada a fim de proteger a viúva e garantir a continuação da linhagem familiar.

 “Houve, pois, sete irmãos, e o primeiro tomou mulher, e morreu sem filhos; E tomou-a o segundo por mulher, e ele morreu sem filhos.” (Lucas 20:29-30). A lei do levirato impunha sobre os irmãos, no caso de falecimento de um irmão, a obrigação de manter relações sexuais com a viúva até gerar um filho, e esse filho deveria ser considerado do marido falecido. Apesar de ser gerado através da relação do cunhado, o filho era reconhecido como filho do defunto e, inclusive, levava o seu nome. E essa responsabilidade era passada de irmão para irmão até a viúva se engravidar, e houve caso de a viúva exigir o cumprimento da lei do sogro. Assim, por desconhecer o Reino de Deus, os saduceus vieram testar Jesus a respeito dessa lei, porque eles pensavam que a vida no além seria igual à daqui. Assim citaram um caso que não sabemos se foi real ou não, mas o fato que servia para ilustrar o que eles queriam saber. Essa resposta que Jesus vai dar é o nosso esclarecimento e entendimento a respeito do além. Assim também muitos cristãos pensam que, após a morte, sendo salvos, estarão em contato com os familiares, amigos, será uma reunião familiar, uma comemoração pelos que se salvaram também. Pensam que será somente um prosseguimento da vida aqui. “E tomou-a o terceiro, e igualmente também os sete; e morreram, e não deixaram filhos. E por último, depois de todos, morreu também a mulher.” (Lucas 20:31-32). Como disse anteriormente, não sabemos e nem temos base para afirmar que isso foi um caso real, ou uma parábola, uma história para ilustrar, trazer entendimento, mas o fato é que deu condições de entendermos, compreendermos tudo a respeito da vida no além. A preocupação dos saduceus era em saber como Jesus explicaria como seria a relação da viúva com os sete com os quais ela manteve relação, porque, pensando que a relação terrena daria continuidade no além, como ficaria a situação dessa que ficou com os sete? “Portanto, na ressurreição, de qual deles será a mulher, pois que os sete por mulher a tiveram?” (Lucas 20:33). A Palavra de Deus sempre foi muita clara em relação ao adultério, que não era permitido em hipótese alguma, e, no caso de ocorrer, os praticantes eram mortos apedrejados. Por esse motivo, uma vez que essa mulher teve vários homens, ou seja, seis além do seu marido, eles queriam saber qual a relação deles, agora que todos estavam mortos. Todos reunidos no além, como continuaria a relação: seria de cunhado, ou de maridos, e com qual?

 “E, respondendo Jesus, disse-lhes: Os filhos deste mundo casam-se, e dão-se em casamento.” (Lucas 20;34). Jesus responde falando que aqui as pessoas casam, têm filhos e tudo mais. Mostra que aqui todos têm uma vida de trabalho, labuta, prazeres carnais, emoções humanas. Os sentimentos carnais de tristeza, dor, saudades, mágoa e outros são inerentes da vida terrena. Aqui as pessoas crescem pensando no relacionamento com o sexo oposto, pensando em criar, construir famílias, em ter filhos, netos, e assim continuar. “Mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento” (Lucas 20:35). Mas os que se salvarem, os que forem viver com o Senhor não passarão mais por isso, porque a vida no Céu, no além, no Reino de Deus, é totalmente diferente do que eles imaginavam – assim como muitos dos cristãos ainda hoje imaginam. No além não mais existirá o conceito de família, casamento, ou qualquer outra coisa. A vida pós-morte será totalmente diferente do que imaginamos, uma vez que lá o nosso prazer será em adorar o Reis dos Reis e viver em eterna abundância, ou seja, de nada sentiremos falta, em qualquer área. Seremos supridos de tudo, e nada absolutamente nada nos faltará, não existirão tristeza, mágoa ou qualquer outro sentimento a não ser paz e alegria. “Porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.” (Lucas 20:36). Assim, os que alcançam a vida eterna, a salvação em Jesus não mais experimentarão a morte ou qualquer sofrimento, serão semelhantes aos anjos. Semelhantes, não são anjos, mas somente parecidos, isto porque terão vida eterna. São filhos de Deus. Não se pode pressupor que a vida depois da ressurreição seguirá os atuais padrões terrenos. Na era do porvir, não haverá casamento, nem procriação, nem morte. Na verdade, os salvos não terão lembrança do que viveram aqui, nem conhecimento ou reconhecimento de ninguém, pois isso traria sofrimento. No mundo vindouro não existem lembranças de nada, seremos viventes no Senhor, e Nele temos alegria e paz, porque todos os outros sentimentos que trazem dor são carnais e mortais. “E que os mortos hão de ressuscitar também o mostrou Moisés junto da sarça, quando chama ao Senhor Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e Deus de Jacó.” (Lucas 20:37). Moisés, quando o Senhor o convocou para ir libertar o povo hebreu e se identificou para ele na sarça que queimava e não se consumia, identificou-se como Deus de Abraão de Isaque, e de Jacó, apesar de todos os três já há muito terem falecido. Esses patriarcas já tinham falecido havia centenas de anos, mas Deus disse que era o Deus deles, mostrando assim que eles viviam ainda. Assim, mesmo antes de Jesus vir, Deus estava falando da ressurreição. “Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos.” (Lucas 20:38). O nosso Deus é Deus dos vivos, assim sabemos que a ressurreição é um fato e que, se queremos alcançar a vida vindoura, teremos que nos esforçar. “E, respondendo alguns dos escribas, disseram: Mestre, disseste bem. E não ousavam perguntar-lhe mais coisa alguma.” (Lucas 20:39-40). 

Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.

 Um abraço,

 Pr.Henrique Lino 

 Se voce está passando por problemas na sua vida espiritual, familiar, profissional, sentimental, com filhos em situação de risco, envolvimento com drogas, homossexualismo, ou em processo de separação, divorcio, traído(a) abandonado(a) entre em contato conosco.O Ministério Atalaia do Evangelho de Deus está a sua disposição dia e noite para aconselhamento, oração, e interseção e orientação, e cobertura espiritual. Visitem nosso site www.atalaiadedeus.com.br – O Ministério Atalaia do Evangelho de Deus tem como objetivo levar a Palavra de Deus. Trabalha voluntariamente com assistência as famílias, para restaurar casamentos e orientação espiritual a todo aquele que necessita de uma Palavra de cura, salvação e libertação. Esse Ministério tem obedecido ao chamado do Senhor, venha fazer parte desse trabalho com sua oração. 

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